segunda-feira, 14 de março de 2011

Bacterioses Parte 2

Bacilo de Koch (Tuberculose) Bacilo de Hansen (Hanseníase) Bacilo do tétano

Salmonella (Desinteria bacteriana) Bactéria da sífilis Bactéria do tracoma

Existem vários métodos de descontaminação, para evitar o desenvolvimento das bactérias. Na tabela abaixo estão listados três métodos:

  Bactérias vivas ao final do processo/ml
Sem tratamento107
Pasteurização (62,8oC por 30min)102
Fervura (100oC por 30min)10
Autoclavação (120oC por 15min)0
 
A autoclavação é a mais eficiente porque a temperatura é suficiente para matar também os esporos que as bactérias desenvolvem para sobreviver em condições desfavoráveis, que resistem aos outros processos.

A estrutura responsável pela resistência da bactéria em ambientes hostis a sua sobrevivência é o endósporo.


Formação do endoesporo

Sua alta refringência, resistência ao calor e ao dessecamento fazem com que esta estrutura seja altamente resistente a condições de extremo estresse, com algumas espécies capazes de suportar temperaturas de até 80 oC por 10 minutos ou mais.

Dentre as bactérias de alguma relevância na fitopatologia, capazes de formar endósporo, pode-se citar as do gênero Bacillus (aeróbio) e Clostridium (anaeróbio).

A formação do endósporo se inicia pelo desenvolvimento de um septo assimétrico que divide a célula em dois compartimentos, onde o maior deles será o responsável pelo fornecimento de nutrientes para o esporo em desenvolvimento. O septo formado migra em direção ao pólo anterior da célula bacteriana e engolfa o protoplasma contido no menor compartimento, originando uma estrutura livre, delimitada por uma membrana dupla e entre elas se inicia a deposição de materiais semelhantes aos que compõe a parede celular. A seguir se deposita a capa externa e ocorre a lise da “célula mãe”, com a liberação do endósporo formado. Em Bacillus subtilis este processo demora cerca de 8 h. Em condições favoráveis para sua germinação, o protoplasma do endósporo reidrata novamente, a capa externa se rompe e a “célula nascente” é liberada. Como as bactérias fitopatogênicas mais importantes não são capazes de formar endósporo (gêneros: Agrobacterium, Clavibacter, Erwinia, Pseudomonas, Ralstonia e Xanthomonas), utilizam estratégias diferentes para sua sobrevivência na ausência da planta hospedeira, ou seja, sem estar na fase patogênica (causando doença). Podem portanto sobreviver em fase:

Residente: População bacteriana multiplica-se na superfície de plantas sadias, hospedeiras ou não, sem causar infecção, utilizando como nutrientes exsudatos do filoplano ou rizoplano.

Latente: Encontradas no tecido hospedeiro suscetível sem se multiplicar e causar infecção.

Hipobiótica: Em baixa atividade metabólica no tecido hospedeiro lesionado.

Saprofítica: Com capacidade de sobreviver utilizando como nutriente material vegetal morto. As bactérias fitopatogênicas em geral, têm baixa capacidade de competição saprofítica, sendo as do gênero Streptomyces as que melhor sobrevivem no solo, nestas condições. Como o controle de bacterioses, após o aparecimento de plantas doentes no campo, é muito difícil, deve-se procurar afetar exatamente as condições que permitem a sobrevivência ou a introdução da bactéria fitopatogênica no campo de produção. Portanto a utilização de sementes infectadas, restos culturais com lenta decomposição e a permanência de plantas ou órgãos vegetais capazes de servir de fonte de inóculo para o próximo plantio, podem ocasionar grandes perdas em ciclos subseqüentes, devendo merecer maior atenção do produtor. Medidas adotadas de modo preventivo, são as melhores táticas para o controle de bacterioses.
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/voce_sabia/bacterioses

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